fbpx
Partilhas

Falhar ou Voar

“Oh MOM, what if i fall?

Oh Dear… what if you fly..?

Em pleno frio no Japão, um fazendeiro e protetor de raposas enfrentava um dilema. Havia uma que fugia do padrão de todas as outras. Em toda a sua vida o fazendeiro tinha vivido segundo regras rígidas e que funcionavam, segundo as quais todas as raposas estavam saudáveis e protegidas… mas Fri era diferente. 

Nevava como não nevava há mais de 50 anos e Fri queria descobrir: “não quero estar segura nem protegida, quero ter o privilégio de escolher por mim”.

– “Mas o que queres lá fora que não tens aqui?” – pergunta Gohan, o fazendeiro.

– “Não sei, mas o que tenho aqui já não me chega, estou controlada, fechada, sem escolha… quero correr e perceber onde o caminho me leva.”

– “Já muitos tentaram o que queres e não voltaram, morreram à fome.”

– “Ou talvez não, talvez estejam a divertir-se algures nas montanhas.”

A mãe de Gohan há muito o avisava sobre a rebeldia de Fri. Dentro da sua rigidez alertava para essa falta de educação e ausência de gratidão. Dizia muitas vezes que ele era fraco por não se impor a estas vontades absurdas. Para ela: “as raposas têm de ficar aqui onde estão para estarem seguras, só as proteges se controlares e é assim que mostras que gostas delas!”

– “Estes caminhos têm pedras enormes e ventos fortes…” – continuava Gohan querendo controlar as decisões de Fri.

– “Quero brincar sobre as pedras e sentir esse vento.”

– “Não serás feliz lá fora e irás magoar-me muito se partires.”

– “Não sou feliz aqui, lá fora não sei, e quero que te sintas orgulhoso porque se tenho a coragem para hoje querer isto, a ti te devo. Gostava que estivesses aqui para te ver quando voltar. Lembra-te que a Fénix olhará por mim e poderá sempre alertar-me se sentir que a minha saúde está em risco. Não vou sozinha, vou com tudo o que me ensinaste e sabendo que posso contar contigo, posso?”

Querer o melhor para os outros vem de uma boa intenção, a de ajudar, cuidar, proteger, controlar para que tudo esteja perfeito. Mas… o que sentirá a pessoa do outro lado? Como saberemos se será perfeito? Existe o correto…? É igual para todos…?

Entendo quando as pessoas se querem ver como protetoras… e, às vezes, interrogo-me:

Como é que queres que os outros te vejam?

Que legado queres deixar?

Que papel queres ter na vida de quem passa por ti?

Se esta história te fez sentido ou conheces alguém que pudesse beneficiar de a ler, partilha. Ajuda a espalhar boas energias. 

Be kind

Até breve!!… Bárbara